15 de maio. Em meio a correria do trabalho no mês de celebração do aniversário
de emancipação de Itaboraí, que neste ano fez 181 anos, eu, como assessor de
imprensa da Secretaria Municipal de Esporte, Lazer e Turismo, fui convocado a
fazer a matéria do Festival de Balonismo, evento que pela primeira vez
ocorreria na cidade, com a participação dos melhores pilotos do país, que se
preparavam para o Mundial da categoria, o qual viria a ser disputado no último mês
de julho, em Rio Claro-SP.
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Comecei com minhas obrigações trabalhistas, apurando a modalidade e buscando o
máximo de informação possível. Descobri que o balonismo é um esporte aeronáutico,
onde o balão é considerado uma aeronave com uma matrícula registrada junto à
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e seu piloto deve ter habilitação
especial. O objetivo das
competições
é alcançar alvos pré-determinados e realizar provas verticais sob orientação de
GPS, instalado em todas as aeronaves.
Já ciente do esporte e com os dados em mãos, fui convidado pelo piloto Antônio
Lourenço, um dos organizadores do evento, a voar. Juro que não queria aceitar,
pois não gosto de misturar trabalho com lazer. Mas ele insistiu até para que eu
pudesse embasar melhor a matéria, após ter tido a experiência completa. E lá eu
fui.

Meu piloto foi o Lupercio Lima, que viria a ser o vice-campeão do Mundial 2014. Lupercio vive de balonismo há mais de 25 anos, competindo, realizando vôos de exibição, alugando equipamentos e cedendo seu trabalho para emissoras de televisão, sendo a referência sempre que elas necessitam.

Decolamos por volta das 4 horas da tarde. Saímos da antiga Arena de Eventos, no Rio Várzea, com destino a onde o vento levasse. É que o piloto tem o controle total da subida e descida, mas não se pode dizer o mesmo da direção, que depende muito da direção para qual o ar resolve soprar.

Para mim, que tenho medo de altura, confesso que sair do chão não foi nada tranquilo. Estou toda hora pegando aviões para um lado e para o outro, mas ser levado ao céu dentro de um "cesto de vime" não me parecia tranquilizador.

Nos primeiros 10 minutos, quando via o chão ficando longe e as pessoas miúdas, fiquei agarrado às bordas do cesto. Mas logo comecei a conversar com Lupercio e, à medida em que subíamos, ficava mais à vontade.

A paisagem, como vocês podem ver, é deslumbrante. Nunca havia visto a cidade na qual fui criado por esses ângulos. A pracinha, o Alzirão, o Comperj e, claro, minha casa, que fiquei feliz em localizar (até por me sentir enxergando muito bem).

Lá de cima, uma "tecnologia" interessante: creme de barbear. Juro que nunca imaginei que balonistas usavam aquilo para ajudar a medirem a direção e intensidade do vento.

Um voo comum de um balão de competição, como o que eu estava, só tem capacidade para levar, no máximo, duas pessoas. E tem combustível para três horas. A primeira é de voo livre. A segunda, ao se encerrar, o balonista deve descer, tendo a terceira hora de reserva para utilização em caso de emergência. Desta última não precisamos, e chegou a hora de descer.

Foi em uma fazenda no Joaquim de Oliveira que nos aproximamos para pousar. Bem na hora que eu finalizava meu curto vídeo (esse logo abaixo). E, conforme a aeronave se aproximava do solo, Lupercio repetia para eu me segurar no cesto. Juro que pensei que o pouso seria mais tranquilo. Na verdade, não é tanto. Você dá dois quiques no chão, sendo o primeiro para amortecer e, só no segundo, para se fixar no solo. Mas nada que impeça qualquer criança de voar, principalmente com um piloto tão experiente.










Meu piloto foi o Lupercio Lima, que viria a ser o vice-campeão do Mundial 2014. Lupercio vive de balonismo há mais de 25 anos, competindo, realizando vôos de exibição, alugando equipamentos e cedendo seu trabalho para emissoras de televisão, sendo a referência sempre que elas necessitam.

Decolamos por volta das 4 horas da tarde. Saímos da antiga Arena de Eventos, no Rio Várzea, com destino a onde o vento levasse. É que o piloto tem o controle total da subida e descida, mas não se pode dizer o mesmo da direção, que depende muito da direção para qual o ar resolve soprar.

Para mim, que tenho medo de altura, confesso que sair do chão não foi nada tranquilo. Estou toda hora pegando aviões para um lado e para o outro, mas ser levado ao céu dentro de um "cesto de vime" não me parecia tranquilizador.

Nos primeiros 10 minutos, quando via o chão ficando longe e as pessoas miúdas, fiquei agarrado às bordas do cesto. Mas logo comecei a conversar com Lupercio e, à medida em que subíamos, ficava mais à vontade.

A paisagem, como vocês podem ver, é deslumbrante. Nunca havia visto a cidade na qual fui criado por esses ângulos. A pracinha, o Alzirão, o Comperj e, claro, minha casa, que fiquei feliz em localizar (até por me sentir enxergando muito bem).

Lá de cima, uma "tecnologia" interessante: creme de barbear. Juro que nunca imaginei que balonistas usavam aquilo para ajudar a medirem a direção e intensidade do vento.

Um voo comum de um balão de competição, como o que eu estava, só tem capacidade para levar, no máximo, duas pessoas. E tem combustível para três horas. A primeira é de voo livre. A segunda, ao se encerrar, o balonista deve descer, tendo a terceira hora de reserva para utilização em caso de emergência. Desta última não precisamos, e chegou a hora de descer.

Foi em uma fazenda no Joaquim de Oliveira que nos aproximamos para pousar. Bem na hora que eu finalizava meu curto vídeo (esse logo abaixo). E, conforme a aeronave se aproximava do solo, Lupercio repetia para eu me segurar no cesto. Juro que pensei que o pouso seria mais tranquilo. Na verdade, não é tanto. Você dá dois quiques no chão, sendo o primeiro para amortecer e, só no segundo, para se fixar no solo. Mas nada que impeça qualquer criança de voar, principalmente com um piloto tão experiente.









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