quinta-feira, 16 de outubro de 2014

PARATY/RJ - Saco do Mamanguá

10 de outubro. Parti para o Rio de Janeiro a fim de encontrar o guia Laésio, que levaria eu e mais cerca de 20 pessoas até o Saco do Mamanguá, um fiorde maravilhoso na cidade de Paraty. Se não entendeu uma certa palavrinha na última frase, não se culpe! Quase ninguém sabia que fiorde é um golfo encurvado e profundo que se situa entre cadeias de montanhas. Mas isso é o de menos!

Pouco depois da saída da Rodoviária Novo Rio, o ponto de encontro, já passamos pela primeira cena de Adrenalina (em maiúscula por analogia à empresa turística do Laésio). Foi na Avenida Brasil, quando ficamos em meio a um tiroteio e fomos obrigados a retornar e pegar um caminho alternativo.

Após mais de quatro horas de viagem, incluindo uma parada para uma leve urinada coletiva em um posto de gasolina, já na estrada de chão podíamos observar os primeiros sinais da manhã que viria.



Chegando ao limite de onde os carros poderiam ir, descemos para apreciar a maravilhosa Praia de Paraty Mirim.


Em seguida, fomos apresentados ao seu Orlando, um nativo mitológico que iria nos abrigar em seu camping. Primeiro entramos em um pequeno barco, com capacidade para umas 5 pessoas. 


Só em seguida subimos ao "barcão", onde ficamos esperando toda a turma para partir.



Foram cerca de 30 minutos avistando esses cenários inexplicáveis:




Até que atracamos, nos dirigindo ao camping para armar nossas barracas e nos preparar para a subida do Pico do Pão de Açúcar, que se esconde por trás desse abaixo:



A trilha é bastante cansativa. Tive que parar várias vezes para dar uma respirada. É uma hora de subida, sendo 400 metros com 90% do caminho bem inclinado. São raras as vezes que você dá dois passos seguidos na horizontal. Mas, chegando próximo ao pico, compensa. E muito!


De lá, era possível observar todo o fiorde. Uma vista sensacional que não pode ser descrita. O mais próximo que posso fazer é mostrar a vocês.





Permanecemos um tempo lá em cima para apreciar aquela obra de arte e fazer vários registros.



Na descida, mais sacrifício. Devido ao terreno bem inclinado, era preciso atenção constante para não escorregar. E muito contato das mãos com as árvores para apoio. Até que chegamos à Praia de Seu Orlando, na frente do nosso camping. Águas rasas, sem ondas e cheia de peixinhos. Infelizmente eles eram tímidos demais para sair nas fotos...



Em seguida, almoço, papo e mergulho por ali mesmo.



Mais à tarde, fomos andando, passando pelo trapiche no qual atracamos pela manhã. Mas, cansados da noite sem dormir engatada na subida do pico, logo voltamos, acompanhados do nosso guia Totó, um cãozinho super dócil, de quem eu já estou com saudades.



Paramos para fazer uma hidratação no Bar do Cruzeiro. Com a cerveja quente, fomos obrigados a tomar realmente umazinha só. Mas até que a decoração do local é bem bacana...


Já mais tarde, quando arrumamos gelo, retornamos lá pra comprar mais latinhas, as quais bebemos até as 22, horário no qual é desligado o gerador elétrico do camping. No escuro, fomos dormir.


Eram 5 da manhã quando acordei e levantei após uma bela noite de sono em minha barraca. Fui premiado com esse cenário do amanhecer, embora estivéssemos voltados para o oeste.


Invertendo o ângulo, temos a vista dormitória do camping:



Tomei café e fui com três amigas em direção ao final do fiorde, mesma trilha a qual abortamos no dia anterior devido ao cansaço. O início do caminho, que dá para umas pousadinhas, é até cimentado.


Em seguida, acaba a urbanização e começam os esquilos. Essa é uma das fotos frustradas, nas quais eu tentei pegar o bichinho, mas não deu.



E começamos a observar, por entre as árvores, locais privilegiados.


No caminho, passamos por umas duas vilas de pescadores. Segue abaixo uma foto das amigas Cintia, Érika e Raquel por lá:


A minha, claro, mais bonita. Com fundo para o fiorde e uma pequena ilha:



Conforme íamos andando, fomos cruzando, também, algumas praias com vistas deslumbrantes, como essa:

Chegamos, enfim, ao aniversário do Fernando. Um botafoguense que não tivemos a oportunidade de conhecer, mas que valeu pelo papo com os convidados da festa dele. E pelos registros em frente à sua casa.


Infelizmente, devido ao horário, não poderíamos mais avançar. O Laésio havia marcado o início das atividades para 9 da manhã, quando rumaríamos a uma praia do lado oposto ao qual estávamos. E, após mais de uma hora andando, precisávamos retornar para chegar a tempo.


De volta, partimos para o outro lado, agora com o grupo. Mas o guia não foi Laésio, foi o Totó, que nos levou à praia do seu amigo Tobi.


De início, fui em direção às pedras mergulhar junto aos peixes.



Na sequência, pausa para foto nessa mansão. Se você acompanhou a saga Crepúsculo, a conhece. Foi a casa de praia que o Edward levou a Bella.





De lá, fui explorar o outro lado, novamente contornando pedras e chegando a uma praia pequena, mas maravilhosa, de pouco mais de 15m de extensão. Pena minha máquina não ser à prova d'água para eu registrar o visual espetacular...

No retorno, para o almoço, o mesmo prato do dia anterior: filé de peixe. Uma delícia! Após um papo, hora de "implodir a casa".


Na despedida, mais histórias (e estórias) de seu Orlando, que nos levou à Paraty Mirim, de onde reencontramos os carros. 


Já em Angra dos Reis, uma pausa para alimentação de pasteis no Bar do Chuveiro. A fome era tanta que não deu para registrar. Mas juro que eram gostosíssimos!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

SÃO FRANCISCO DO SUL/SC - Poço do Casarão

Setembro deste ano. Saímos de Itapoá, eu e Débora, na casa que ela tinha por lá, e partimos rumo ao município de São Francisco do Sul, popularmente conhecido como "São Chico". Nossa missão seria explorar as cachoeiras e ilhas do local. Mas tivemos que nos contentar apenas com a primeira parte (o que já fez todo o dia valer, e muito, a pena).



Após chegarmos à cidade, fomos procurar a Vila da Glória, distrito que abriga grande parte dessas belezas. E, após nos perdermos por um breve período, conseguimos encontrar a bem escondida rua que iniciava o acesso ao local a partir da BR. E por lá seguimos sem avistar quase ninguém pelo caminho, o que, as vezes, nos fazia pensar se estaríamos mesmo na direção certa. Mas estávamos!



Decidimos, primeiro, rumar a área das cachoeiras. E seguimos, após pedir várias informações, por uma estrada de chão que nos levaria à trilha do Poço de Casarão, onde abandonamos o Pequeno (nosso carro) e iniciamos a caminhada.



Já no início, Débora me pedia para voltar, dizendo que estava com medo de avançar mata a dentro. Mas eu fui insistindo. Afinal, não poderia ter ido ali para observar as árvores por cima e simplesmente ir embora... Logo, descemos a trilha e, em cerca de 20 minutos, já estávamos no riacho. 



De lá ao poço foram menos de 10 minutos rio acima. E a recompensa foi nadar em meio aos peixes e camarões desta maravilha:



O local parecia reservado a nós dois. 100% de tranquilidade. O som ambiente ficava a cargo da cascata. O poço é pequeno e o nível da água estava muito baixo. Como vocês podem ver, nem chegava ao meu joelho:



Pena que não deu para ficar muito tempo. Foi só eu me ambientar para a Dezinha, já apavorada, fazer questão de ir embora. É só dar uma olhada na posição em que ela ficou até eu aceitar sair da água: 


E, já com fome, fomos comer o genial rodízio de frutos do mar do Hotel e Restaurante Jaci Zinho Batista. Era tanto prato que aparecia na mesa que eu tive de perguntar à garçonete se alguém já conseguiu comer tudo (ela disse que sim, mas eu sigo duvidando...).



Infelizmente, ao perguntarmos como poderíamos conhecer as ilhas locais, a dona do restaurante, que também é pousada, nos disse que como era baixa temporada, os barqueiros só faziam esse serviço pela manhã. O jeito foi fazer fotos dali mesmo do trapiche... 


Vale o aviso, também, de que a maioria das ilhas são propriedades particulares. Uma das poucas em que o acesso é permitido, e na qual pretendemos conhecer um dia, é esta maravilha abaixo:


quarta-feira, 1 de outubro de 2014

PARANAGUÁ/PR - Ilha do Mel

16 de setembro. Já com a pousada reservada, partimos, eu e minha namorada, rumo à Ilha do Mel. Uma novidade para mim e uma nova experiência para ela, que já havia visitado o local outras vezes há alguns anos. Nosso destino, após uma medição de prós e contras pesquisando e ouvindo uns amigos, foi Encantadas, um dos três bairros da Ilha, magnífico em todos os quesitos!

Existem barcos diretos da parte continental de Paranaguá para a Ilha. Mas levam cerca de 1h30min e os horários são bastante escassos fora da alta temporada. Nisso, a melhor opção é se dirigir ao município de Pontal do Paraná, mais precisamente em Pontal do Sul, onde as saídas são regulares, de hora em hora. O preço da travessia é inferior a 30 reais, já se referindo a ida e volta (não dá para comprar um trecho só, e o bilhete tem validade de 20 dias para retorno). Como na Ilha do Mel não existem automóveis, deixamos nosso carro no estacionamento da Pousada Estrela do Mar, onde ficamos hospedados. A vaga já estava incluída no pacote e contou até com um motorista para nos levar da garagem ao trapiche de embarque para a Ilha.

                                   


Como não poderíamos deixar de fazer, cantamos um pouco do reggae "Barca Para a Ilha", da banda Djambi, durante a travessia, que durou pouco mais de 20 minutos.




Chegando ao trapiche de Encantadas, pedimos informação ao Barba, um nômade figuraça que fazia tarrafas, sobre onde seria nossa pousada. Para lá fomos, deixamos o excesso das mochilas e fomos aproveitar a tardinha.

O primeiro banho de mar, claro, foi na Praia de Encantadas, a orla do trapiche e a praia mais agitada do bairro. As águas são da baía de Paranaguá, logo as ondas não existem. Perfeita para um banho mais tranquilo e para levar as crianças (no entanto, em baixa temporada, não vimos muitas. A Ilha do Mel parecia restrita a casais).



Exploramos a Praia de Encantadas até uma trilha quase fechada em seu término, que depois fui saber que dava para um farol. Como minha namorada não é muito fã de mata fechada, tentamos fazer um registro em meio aos pequenos (mas vários) peixes que tinham por ali. Não conseguimos devido às limitações das nossas humildes câmeras, mas valeram as tentativas...



Nossa primeira trilha teve como destino um morro que deu para uma "praia de pedras". Começamos a driblá-las e avançar para ver onde dariam, com a Débora me surpreendendo ao ser bem rápida. Porém, ao atravessarmos uma parede rochosa, notamos que havia muito ainda a se percorrer sobre as rochas. E, com a maré subindo, fomos aconselhados por um guarda ambiental que estava por ali a retornar.


De volta à Praia de Encantadas, caçamos outra trilha. E fomos rumo à Gruta de Encantadas, essa caverna maravilhosa que vocês verão logo abaixo. Descobrimos, aliás, que lá seria o nosso destino se conseguíssemos avançar via pedras na outra trilha. Um local que traz uma paz de espírito maravilhosa, e que conta até com uma passarela de madeira para permitir o acesso a qualquer pessoa. Para quem é católico, aliás, vale até rezar de frente a uma pequena imagem de Nossa Senhora que habita a gruta.



De lá, fomos à Praia da Boia, que fica ao lado. Ali já são águas de mar aberto, com placa alertando o perigo de correnteza e ondas boas para surfistas. Não faço parte do grupo que sabe ficar em pé na prancha, mas fiz questão de dar um mergulho revigorante.



O primeiro dia de exploração terminou na Pousada Ilha do Mel com uma janta de frente para o pôr do Sol. Nosso cardápio foi risoto de frutos do mar acompanhado da melancia atômica, uma bebida típica que mistura suco de melancia, vodka e leite condensado, sendo servida na própria fruta (dá cerca de 5l e normalmente serve quatro pessoas ou mais, mas fomos guerreiros e a matamos sozinhos). O restaurante tem uma boa variedade de refeições e o atendimento é muito bom. Recomendadíssimo!



Já na quarta-feira, dia 17, nossa primeira manhã na ilha se iniciou com um simples, mas saborosíssimo café-da-manhã da pousada, na qual pudemos conversar melhor com os atendentes que foram bastante simpáticos desde a nossa chegada.



Ao pôr os pés na "rua", decidimos ter como missão caminhar até Nova Brasília. Pegamos uma trilha bem ao lado da pousada e seguimos até seu término, no Mar de Fora, uma belíssima praia com uma longa faixa de areia que já havíamos avistado no dia anterior (fica bem ao lado da Praia da Boia).


Ao invés de seguir pela areia fofa, preferimos ir andando paralelamente ao horizonte, em meio à "grama". No caminho, uma elevação rochosa que, claro, eu tive que subir.



No fim da praia você tem duas opções: subir o Morro do Sabão ou contornar as pedras rumo à Ponta do Nhá Pina. Decidimos pelo primeiro, e tivemos dois visuais maravilhosos como presente: um do Mar de Fora, que já havia ficado para atrás, e outro da Praia do Miguel, nosso destino quando descemos.

Cansado de andar tanto sem um mergulho (não me banhei no Mar de Fora), fiz questão de pular na Praia do Miguel assim que chegamos. O local, maravilhoso, diga-se de passagem, estaria deserto se não fossemos nós e um pequeno grupo de pessoas que encontramos no fim da praia, que acabava em pedras. Tentamos passá-las, mas, novamente, com a maré subindo e sem conhecer a área, abortamos. Procuramos alguma trilha via mata que pudesse nos levar a Nova Brasília. Achamos várias aberturas, mas todas levavam a lugar nenhum. Encontramos apenas locais de limpeza de mariscos e trilhas aparentemente abandonadas, fechadas pela mata.



A Praia do Miguel é paradisíaca. Poderíamos perfeitamente ficar o resto do dia nela, mas não era nossa missão. Nem a de um casal de amigos que fizemos por lá, o Bernardo e a alemã Katja, que se uniram a nós para pensar em como avançar ao outro lado. E eis que, após muito vasculhar nas proximidades das rochas, encontramos uma passagem. Era uma trilha nada bem sinalizada. Por várias vezes paramos para observar se realmente nos levaria a algum lugar ou se nos faria apenas perder tempo e energia. Mas fomos recompensados pela teimosia. E após algum tempo mato a dentro, eis que surgiu uma loira na direção oposta. Nossa felicidade em vê-la e trocar uma rápida ideia com a mulher foi nítida: estávamos, realmente, no caminho certo. E nele seguimos até o término da trilha: não na praia, mas ainda sobre as rochas. E tivemos que driblá-las lentamente. Para os amigos montanhistas e/ou aventureiros, é moleza. Mas não dá pra dizer que qualquer pessoa possa fazer aquele caminho...



Por fim, chegamos à Praia Grande, a primeira de Nova Brasília. Se fossemos olhar ao pé da letra, já havíamos cumprido nossa missão. Mas queríamos mais. Não tanto quanto o casal de amigos que pretendia chegar a Fortaleza. Tínhamos em mente que o horário já era avançado para ir tão longe (por volta de 2 horas da tarde). E, ao nos despedir deles, tive, claro, que correr para dar um mergulho na minha nova praia.



Por lá, observamos um urubu (ou algo parecido) devorando uma carcaça de tartaruga. É algo nojento. Repugnante para muitas pessoas, mas é a essência da natureza. Afinal, a cadeia alimentar é parte da vida. Os animais não têm miojos e yakisobas para se alimentar...



Da Praia Grande (que faz jus ao nome) encontramos uma trilha. Passamos por algumas pousadas e restaurante e chegamos à Praia de Fora. Outro local paradisíaco. De lá, já avistamos de perto o famoso Farol das Conchas. E, após trocar uma ideia com um surfista da região (e dar um mergulho, claro), para lá fomos.



O farol data de 1870 e foi construído a mando de Dom Pedro II para auxiliar na proteção do território brasileiro. Para chegar, você pega uma longa escadaria cimentada e bem sinalizada. No topo, você tem uma visão simplesmente espetacular.


Gostaríamos muito de ver o pôr do Sol de lá, mas seria impossível refazer todo o trajeto já percorrido à noite. E descemos, junto, novamente, ao Bernardo e Katja, que também desistiram de ir à Fortaleza devido ao horário...




Na descida, chegamos à Praia do Farol, local onde já tinha mais gente se banhando. Avistando a Ilha de Palmas, seguimos nosso lindo trajeto, molhando os pés à beira-mar entre um banho e outro.



Após cruzar um córrego, lá estávamos nós no istmo. Local privilegiado, onde você avista tanto a Baía de Paranaguá quanto o Oceano Atlântico aberto, onde, neste lado, a área se chama Praia do Istmo



Se seguíssemos nesse percurso a leste, iríamos à Fortaleza. Mas não tínhamos tempo e já havíamos andado demais. Cruzamos o istmo e chegamos à Praia de Brasília, onde fica o trapiche do bairro.

 

Dalí pegamos um barco e voltaríamos nele rumo à nossa pousada, se não fossemos almoçar e tomar umas cervejas no genial Toca da Ilha, já na Praia de Encantadas, com outro casal que conhecemos em meio a este longo dia: Paulo e Mariana. Merecidíssimo após os cerca de 7km percorridos durante o dia...



Em nosso terceiro dia na Ilha, decidimos fazer um passeio de barco. Com a Dezinha Menina louca para ver golfinhos, partimos nós em direção à "baía deles". Embarcamos em uma lancha voadeira com um casal e duas agradáveis senhorinhas, e fomos quicando em meio ao mar.




Contornando a ilha a oeste, fomos avistando as praias do Limão e Cedro, até passarmos pela Ponta D'Oeste, um local remoto onde não há nem energia elétrica e nem água corrente. Quem vive lá são alguns pescadores, embora estejam instalados em meio à Estação Ecológica.

O primeiro local em que o barco atracou, após avistarmos a área militar da ilha, foi a Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres, que seria nosso destino no dia anterior se tivéssemos mais tempo. Lá, avistamos todo o cenário de canhões preservados, o paiol e a prisão que lá havia.



Conhecemos, também, a lenda local do homem que sonhou que havia um pote de ouro escondido dentro da espessa parede (de mais de 1m), um dia foi lá, quebrou e achou a riqueza. Segundo o barqueiro Rafael, que nos conduziu, foi exatamente neste local:


Na sequência fomos rumo à Baía dos Golfinhos, onde pudemos ver imagens encantadoras com os mamíferos subindo para respirar e procurar alimentos.



Atracamos, em seguida, na Ilha das Peças, um local com um trapiche privilegiado para observar os golfinhos.




Retornando, fomos rumo à indicadíssima Pousada Fim da Trilha, que contém chef de cozinha e pratos mais refinados. Reservamos nosso prato para a janta, fomos em nossa "casa" tomar banho e descansar e retornamos para comer, encontrando todo o grupo que havíamos conhecido na Praia do Miguel no dia anterior.



Nosso quarto dia na ilha, que começou com chuva, mas felizmente deu trégua, teria como missão explorar o centro de Nova Brasília. Pegamos um barco até lá, e nele descobrimos que a viagem seria particular. Éramos apenas eu, Débora e o barqueiro.

Chegando a Brasília, decidimos avançar até Fortaleza pelo leste, área oposta ao que havíamos feito via barco um dia antes. E do trapiche, chegamos à nossa já conhecida Praia do Istmo, e fomos andando, novamente com a Ilha de Palmas ao fundo. Uma caminhada de 4km em direção à Fortaleza Nossa Senhora dos Prazeres.


Na volta, tudo de novo...



Chegando à Praia de Brasília, onde íamos dar o último mergulho antes de almoçar no bairro, recebemos um presente espetacular: um banco de areia se abriu em meio a baixíssima maré que tomava conta do local.



Caminhamos por uns 500m mar a dentro, praticamente reeditando o milagre de Jesus. Olhando de longe, na posição oposta (e desconsiderando a ciência, claro), seria fácil de acreditar que caminhávamos sobre as águas.




O cenário era tão deslumbrante que tomou tanto tempo nosso que, quando fomos olhar o relógio, já não valeria mais a pena almoçar em Nova Brasília. E, quando fomos caminhando rumo ao trapiche, ouvimos as buzinas do barco. Corremos e, quando vimos, era o mesmo homem que havia nos trazido. Ele estava nos esperando, pois, para nossa surpresa, seríamos novamente os únicos no barco.


Fomos e voltamos na hora em que escolhemos e sem mais ninguém na nossa "nave". Se este é o conceito de viagem particular, acho que, mesmo sem querer, podemos dizer que alugamos o barco só pra nós...


De volta à Encantandas, o banquete foi no Tata, com panquecas maravilhosas.



À noite, fomos explorar a vida boêmia da ilha. Rumamos ao Bar do Capitão, da Pousada Bob Pai e Bob Filho. Um lugar genial, muito bem decorado e com atendimento bastante simpático. Tão bom que só saímos de lá quando fechou.



Acompanhados de um novo casal de amigos: Marujo e Andrea, o fim de noite se deu no Cavalo Marinho, um meio-termo entre bar e boate ao som de reggae e forró.